A Raízen, uma das gigantes do agronegócio brasileiro no setor de açúcar, etanol e distribuição de combustíveis, vê suas ações recuarem forte no pregão da Bolsa de Valores do Brasil (B3) na segunda-feira (17/2).

O que aconteceu

• Por volta das 11h10, os papéis da companhia tombavam 1,7% e eram negociados a R$ 1,73.
• A queda das ações chegou a ultrapassar 2% nesta manhã.
• O desempenho ruim dos papéis da Raízen se deve, principalmente, à divulgação dos dados do balanço financeiro da empresa, na última sexta-feira (14/2).

Balanço da Raízen

A companhia encerrou o terceiro trimestre da safra 2024/25, que cobre o período de outubro a dezembro, com um prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões. Um ano antes, havia registrado lucro de R$ 793,3 milhões.

No acumulado de nove meses, de abril a dezembro, as perdas chegaram a R$ 1,66 bilhão. O resultado negativo reverteu ganhos de R$ 1,49 bilhão no mesmo período do ano anterioragro

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 20,5%, atingindo R$ 3,1 bilhões. A receita líquida, por sua vez, cresceu 14,3% na mesma base de comparação, para R$ 66,8 bilhões.

Segundo o balanço da Raízen, endividamento líquido avançou 22,5% no acumulado de nove meses, para R$ 38,59 bilhões. De acordo com a companhia, o salto na dívida foi alinhado à sazonalidade do período da safra, com maior consumo de capital de giro, menor geração de caixa operacional e investimentos.

“Desde a divulgação dos dados operacionais trimestrais da Raízen, ficou evidente que o impacto dos incêndios florestais na composição da produção upstream e nos custos pressionaria as margens, e que os resultados do downstream não seriam particularmente expressivos”, avalia a equipe de análise do BTG sobre o balanço da empresa do agro.