O mercado internacional da soja voltou a apresentar estabilidade na manhã desta quinta-feira (31), com os contratos futuros operando sem direção definida na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 7h20 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em setembro mantinha-se inalterado, cotado a US$ 9,75 por bushel, enquanto o vencimento de novembro recuava 0,25 ponto, negociado a US$ 9,95 por bushel.

A movimentação limitada ocorre após a queda de mais de 1% registrada no pregão anterior, reflexo da ausência de avanços nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos. O encontro entre representantes dos dois países, realizado nesta semana em Estocolmo, não tratou de soja nem de outros produtos agrícolas, frustrando expectativas do mercado e confirmando a falta de demanda chinesa pela oleaginosa norte-americana.

Ainda nesta quinta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará os novos dados semanais de vendas para exportação. Embora os números possam provocar alguma oscilação pontual nos preços, analistas não projetam mudanças significativas sem novidades estruturais no cenário global.

Além disso, a ausência de ameaças climáticas relevantes para a nova safra norte-americana segue limitando os ganhos na CBOT, contribuindo para a manutenção do atual padrão de preços.

Já no mercado brasileiro, o destaque continua sendo os prêmios de exportação, que testam os melhores níveis do ano comercial. Essa valorização tem sido o principal fator de sustentação na formação dos preços internos, estimulando a comercialização da safra 2024/25, mesmo em um ambiente internacional menos favorável.

Produtores e agentes do mercado seguem atentos à movimentação dos prêmios, que se consolidam como elemento-chave para a rentabilidade no curto prazo, enquanto esperam novos desdobramentos nas relações comerciais globais e no avanço da safra norte-americana.