Trump assina ordem que impõe tarifa de 50% sobre produtos do Brasil a partir de 1º de agosto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma Ordem Executiva que impõe tarifas de 50% sobre uma ampla gama de produtos importados do Brasil. A medida, que entra em vigor já na próxima sexta-feira, 1º de agosto, foi justificada como resposta a ações do governo brasileiro que, segundo a Casa Branca, configuram uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia norte-americana.

A decisão se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, na sigla em inglês), de 1977, e declara a instauração de uma nova emergência nacional nos Estados Unidos em relação ao Brasil. No texto da ordem, o governo Trump acusa as autoridades brasileiras de perseguir politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, além de denunciar episódios de censura, intimidação e violações aos direitos humanos.

“O presidente Trump tem reafirmado consistentemente seu compromisso de defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças estrangeiras, inclusive salvaguardando a liberdade de expressão e responsabilizando violadores de direitos humanos por seu comportamento ilegal”, afirmou a Casa Branca em nota oficial.

Apesar do tarifaço, o documento assinado por Trump exclui alguns produtos estratégicos da lista, como aeronaves civis — o que impacta diretamente a Embraer —, suco e derivados de laranja, minério de ferro, aço e combustíveis. Até o momento, não há esclarecimento por parte do governo norte-americano sobre a inclusão ou não de itens como carne e café, dois dos principais produtos brasileiros exportados aos EUA.

Trump também usou sua rede social, a Truth Social, para reiterar que o prazo de início da medida está mantido. “O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1º de agosto. Ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!”, escreveu o presidente.

O prazo final dado pela Casa Branca para que os países atingidos tentem negociar uma eventual redução nas tarifas expira em dois dias. Até o momento, não houve manifestação oficial do governo brasileiro sobre a sanção imposta.

Redação Pec&AgrBr

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