As altas temperaturas, a baixa umidade do ar e os ventos intensos, típicos do inverno em Goiás, têm elevado significativamente o risco de incêndios nas áreas rurais do estado. Nos dias 23 e 24 de julho, dois focos distintos de fogo atingiram lavouras de milho e cana ainda em pé em Rio Verde, no sudoeste goiano, exigindo resposta rápida das brigadas aéreas e apoio emergencial de produtores rurais da região.

Na quarta-feira (23), por volta das 14h16, um incêndio de grandes proporções atingiu uma lavoura de milho em fase final de desenvolvimento. Diante da dificuldade de acesso com caminhões-pipa no meio da plantação, a brigada aérea da empresa Aerotex foi acionada com urgência, operando com quatro aeronaves a partir das pistas Cassol e Rossetti.

Durante 1h30 de combate aéreo, foram utilizados aproximadamente 20 mil litros de água para controlar o fogo. Equipes em terra, compostas por caminhões-pipa e vizinhos mobilizados, também participaram ativamente da operação. “Pode enviar mais aviões, o milho está em pé e não teremos sucesso com os caminhões-pipa no meio do milho em pé”, alertou um dos produtores rurais no momento da emergência.

A rápida resposta da Aerotex e a mobilização solidária entre os produtores foram fundamentais para evitar que o incêndio causasse danos ainda maiores às lavouras e propriedades vizinhas. A origem do fogo ainda não foi determinada pelas autoridades.

No dia seguinte, um segundo foco foi registrado em outra área agrícola da região, desta vez em uma lavoura de cana-de-açúcar ainda em pé, reforçando o alerta sobre os riscos típicos desta época do ano no cerrado goiano.

O episódio acende um sinal de atenção para os produtores e autoridades locais quanto à importância de monitoramento constante, prevenção de queimadas e prontidão para atuação emergencial, sobretudo durante os meses mais secos do calendário agrícola.