Faeg espera atuação diplomática para evitar tarifaço de 50% dos EUA a produtos brasileiros

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) acompanha com atenção e preocupação os desdobramentos da decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A entidade espera que a diplomacia brasileira atue de forma estratégica para negociar uma revisão da medida, mas já discute, junto a setores produtivos e ao governo federal, alternativas para mitigar os impactos caso a medida seja confirmada.

De acordo com Edson Novaes, gerente técnico da Faeg, a entidade vem dialogando com representantes federais para que prevaleça o pragmatismo nas negociações, deixando de lado questões ideológicas e políticas. “Setores produtivos conversam com o governo federal para adotar o pragmatismo e deixar de lado a questão ideológica e política, inclusive os de Goiás”, afirma.

No âmbito estadual, o governo de Goiás também se mobiliza para dar suporte ao setor produtivo. Na terça-feira (22), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) se reuniu com representantes de diversos segmentos econômicos para anunciar linhas de crédito e outras medidas emergenciais. Os encontros devem continuar ao longo da semana para atender as diferentes cadeias produtivas impactadas.

“Ainda estamos trabalhando com a expectativa de uma solução diplomática, mas outras ações estão sendo discutidas e trabalhadas, caso a sobretaxa seja confirmada e permaneça a partir do dia 1º”, destaca Edson. Ele explica que, a médio e longo prazo, Goiás pode buscar novos mercados internacionais, mas o processo é complexo e envolve etapas como habilitação de plantas e acordos diplomáticos. “Não é fácil e não se consegue realocar do dia para a noite. Além disso, também exige diplomacia. Mas há essa possibilidade a médio e longo prazo. Para alguns setores, como cana-de-açúcar e carne, seria difícil conseguir a totalidade”, conclui.

A Faeg reforça que continuará articulando com entidades nacionais e estaduais para minimizar os prejuízos aos produtores goianos, ao mesmo tempo em que defende a busca de soluções sustentáveis para manter a competitividade do agronegócio no cenário internacional.

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Redação Pec&AgrBr

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