O Impacto dos Custos Energéticos no Campo Brasileiro

Por Maycon Tombini
O cenário energético no Brasil tem imposto grandes desafios ao produtor rural, que depende do diesel para mover suas máquinas, da energia elétrica para o armazenamento e processamento dos produtos agrícolas e da infraestrutura para garantir a eficiência logística. No entanto, os altos custos desses insumos estão impactando diretamente a competitividade do setor.
Custo do Diesel: O aumento do preço do combustível compromete a viabilidade econômica das operações agrícolas, elevando o custo final dos produtos e pressionando a margem de lucro dos produtores.
Energia Elétrica: A tarifa de energia elétrica também se tornou um obstáculo significativo. A ausência de políticas de amortecimento de preços e a concentração de investimentos nas capitais agravam a situação no interior.
Infraestrutura Deficiente: A falta de investimentos em infraestrutura energética nas áreas rurais impede o desenvolvimento de fontes alternativas e sustentáveis, como a energia solar e a biomassa.
O campo não é composto apenas pelos proprietários de fazendas. É formado por uma rede extensa de trabalhadores — agricultores, pecuaristas, transportadores, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, cooperativistas e muitos outros — que enfrentam os desafios diários impostos pelo alto custo da energia e dos combustíveis, buscando alternativas para manter a produção viável e sustentável. Enquanto o governo mantém o foco nas capitais, o campo continua sem políticas claras para enfrentar a alta dos custos energéticos e dos combustíveis. É urgente que o governo desenvolva políticas públicas que contemplem:
Amortecimento de Preços: Programas que protejam o produtor contra a volatilidade dos preços de combustíveis e energia.
Incentivo à Energia Renovável: Linhas de crédito e subsídios para a instalação de energia solar e biomassa nas propriedades rurais.
Infraestrutura no Interior: Investimentos estratégicos que conectem o campo à matriz energética nacional, reduzindo as desigualdades regionais.
Com políticas bem estruturadas, o Brasil pode fortalecer seu agronegócio, promover a sustentabilidade no campo e garantir a competitividade dos seus produtos no mercado interno e externo.