Frango brasileiro se valoriza nos países árabes com alta nos preços e exportações

As exportações brasileiras de carne de frango seguem firmes no mercado árabe, mantendo o ritmo positivo registrado em 2024. De acordo com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, as vendas do produto para os 22 países do bloco cresceram 9,95% no primeiro trimestre de 2025, totalizando US$ 936,29 milhões.
Os três maiores mercados da região continuam sendo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Iraque. O país saudita lidera as compras, com US$ 256,94 milhões em aquisições, seguido pelos Emirados, com US$ 224,50 milhões, e pelo Iraque, com US$ 98,76 milhões.
Além do crescimento financeiro, os dados mostram valorização no preço da tonelada exportada. Na Arábia Saudita, o avanço foi de 19,47%, atingindo US$ 2.474,62 por tonelada. Já nos Emirados Árabes, o aumento foi de 3,44%, chegando a US$ 2.041,84, enquanto no Iraque a alta foi de 2,55%, com US$ 2.189,32 por tonelada.
Os volumes embarcados apresentaram variações pontuais, com quedas em alguns mercados compensadas por ganhos em outros. No geral, os países árabes importaram 453,59 mil toneladas de carne de frango do Brasil, um avanço de 3,30%. A Arábia Saudita ampliou suas compras em 1,28%, com 103,83 mil toneladas, ao passo que os Emirados Árabes recuaram 7,54%, para 109,95 mil toneladas, e o Iraque reduziu em 2,81%, para 45,11 mil toneladas.
Em contraste, a exportação de derivados bovinos, que havia atingido recordes no ano passado, caiu 12,02% no período, alcançando US$ 391,78 milhões. A Argélia foi destaque positivo, aumentando suas compras em 105,79%, para US$ 113,93 milhões. Arábia Saudita (US$ 64,58 milhões) e Egito (US$ 54,08 milhões) completam os principais destinos.
O total das exportações brasileiras para os países árabes caiu 12,29%, somando US$ 4,98 bilhões. A retração é atribuída ao Ramadã, mês sagrado muçulmano que neste ano começou em 28 de fevereiro. Segundo Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara Árabe, é comum que as compras se antecipem ao período, reduzindo os embarques durante o mês religioso.
“Esperamos uma recuperação das exportações nos próximos meses. Com isso, teremos mais clareza sobre a real demanda dos mercados árabes”, afirmou Mourad.