A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) participou, nesta quarta-feira (17), de uma reunião com a Delegação de Especialistas Chineses do Corredor de Transporte Bioceânico Brasil–Peru, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro teve como foco a discussão sobre a integração logística entre os países da América do Sul e a China, com atenção especial ao papel estratégico de Goiás no escoamento da produção agropecuária nacional.

Durante a reunião, representantes da Seapa apresentaram dados da produção agrícola e pecuária do estado, destacando a competitividade do agro goiano e defendendo o fortalecimento da infraestrutura logística local como um diferencial crucial para ampliar a presença do Brasil no comércio internacional.

A proposta do Corredor Bioceânico — rota planejada para conectar o Brasil ao Oceano Pacífico por meio de uma malha terrestre que passará por Paraguai, Argentina e Peru — foi discutida como uma alternativa eficiente para a redução de custos e tempo no transporte de cargas com destino ao mercado asiático.

“Com localização estratégica no centro do país e acesso facilitado a diferentes modais de transporte, Goiás se consolida como uma das principais portas de conexão do agro brasileiro com o mundo”, afirmou o secretário Pedro Leonardo Rezende. A fala reforça o papel do estado como hub logístico e exportador de commodities como soja, milho e carnes.

O intercâmbio com a delegação chinesa ocorre em meio ao crescimento das exportações goianas para a Ásia e ao aumento do interesse do governo chinês em estabelecer parcerias no setor agroindustrial brasileiro. Além dos números expressivos da produção local, foram apresentados investimentos recentes em infraestrutura logística, como rodovias, ferrovias e centros de distribuição, que elevam a capacidade do estado de ampliar sua oferta para o comércio exterior.

A reunião faz parte de uma série de articulações bilaterais voltadas à consolidação do Corredor Bioceânico como alternativa viável de integração entre América do Sul e Ásia. Para o agronegócio brasileiro, o projeto representa um avanço significativo na diversificação de rotas de exportação e no fortalecimento da competitividade internacional.