Raça Gir: Versatilidade e alta produtividade impulsionam rentabilidade do pecuarista

A raça Gir, originária da Índia e introduzida no Brasil em 1906, tem se consolidado como uma das principais escolhas dos pecuaristas que buscam eficiência, rentabilidade e versatilidade. Com excelente adaptação ao clima e ao território brasileiro, o gado Gir se destaca por sua aptidão dupla: permite ao criador atuar tanto no mercado de leite quanto no de carne, ampliando as oportunidades de lucro e tornando-se uma estratégia inteligente para a pecuária nacional.

Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição mundial na produção de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano, distribuídos em praticamente todas as cidades do país. Dentro desse cenário, a raça Gir Leiteira tem participação expressiva, sendo reconhecida por sua alta eficiência produtiva, rusticidade e facilidade de manejo. Seu pelo curto, sedoso e de coloração branca com manchas avermelhadas, além da anatomia traseira adaptada à ordenha, favorecem a produção e tornam o processo mais eficiente.

Uma dúvida comum entre criadores é sobre a diferença entre as raças Gir, Gir Leiteira e Girolando. Gir e Gir Leiteira são, na prática, a mesma raça, diferenciadas apenas pela nomenclatura. Já o Girolando resulta do cruzamento entre o Gir Leiteiro e a Vaca Holandesa, combinação que une alta produtividade leiteira e resistência ao clima tropical. Criado nas décadas de 1940 e 1950 em São Paulo, o Girolando tornou-se símbolo da pecuária leiteira nacional e é uma excelente opção para produtores que desejam um gado com desempenho superior em diversas condições.

Entre os principais benefícios do gado Gir estão sua alta eficiência na conversão alimentar — produzindo bons volumes de leite com menor consumo de ração —, sua saúde robusta, com menor incidência de doenças e parasitas, e sua impressionante capacidade de adaptação aos diversos biomas brasileiros. Além disso, o temperamento calmo da raça facilita o manejo diário, contribuindo para um ambiente mais seguro e produtivo.

Outro aspecto atrativo para o criador é o mercado em expansão. De acordo com a Embrapa, o setor de carne bovina cresceu 45% nos últimos cinco anos, movimentando R$ 400 bilhões e representando 30% do PIB do Agronegócio nacional. O gado Gir, por sua vez, permite ao produtor aproveitar essa tendência, já que também é valorizado no mercado de corte.

Quanto ao valor de mercado, os preços do gado Gir variam conforme características como idade, condições físicas e genética. Os valores médios são:

  • Prenhez Gir Leiteiro PO: R$ 19.500

  • Machos: R$ 12.750

  • Fêmeas: R$ 44.820

Além do preço dos animais, também é importante considerar o investimento em genética, como a aquisição de sêmen de linhagens superiores, essencial para cruzamentos estratégicos e programas de melhoramento.

Com tantas qualidades, a raça Gir se apresenta como uma excelente opção para quem busca aliar produtividade, resistência e rentabilidade na pecuária brasileira. Ao investir nesse rebanho, o produtor tem à disposição um animal versátil, robusto e altamente competitivo no mercado.

Redação Pec&AgrBr

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