Financiamento de máquinas agrícolas sofre com juros elevados

A alta taxa de juros tem dificultado a obtenção de crédito para o setor de máquinas agrícolas no Brasil. Em reunião realizada no Distrito Federal com o Ministério da Agricultura, representantes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) sugeriram a destinação de R$ 21 bilhões no Plano Safra para o programa Moderfrota. O valor, que representa um aumento de 70% em relação ao ciclo anterior, visa a modernização de tratores, colheitadeiras e equipamentos implementados.

A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) também propôs um aporte adicional de R$ 7 bilhões ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Apesar de as sugestões atenderem às necessidades do setor, analistas apontam que a elevada taxa de juros pode dificultar a ampliação do orçamento. No último ciclo, o Moderfrota contou com R$ 12,3 bilhões.

Atualmente, a taxa Selic está fixada em 14,5% ao ano, um dos principais entraves para o financiamento. Há incerteza sobre a capacidade do governo de destinar recursos próprios para cobrir a diferença entre a taxa de mercado e os juros aplicados pelo Plano Safra, que variam entre 7% e 12%.

Com a dificuldade de financiamento, cresce a necessidade de buscar instrumentos alternativos para viabilizar o crédito ao setor. Mesmo diante desse cenário, a Abimaq estima que a venda de máquinas em 2025 chegue a R$ 65 bilhões, uma queda significativa em relação a 2022, quando o setor registrou R$ 91 bilhões em vendas.

 

Redação Pec&AgrBr

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