O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (27), a compra de 500 mil toneladas de alimentos até o fim do semestre, com o objetivo de controlar os preços e garantir a oferta de produtos essenciais como arroz, milho e feijão. O crédito extraordinário foi aberto para viabilizar a compra direta desses produtos cultivados por agricultores e agricultoras familiares em diversas regiões do país.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, a medida visa oferecer suporte aos produtores rurais e garantir que os preços desses alimentos permaneçam acessíveis à população brasileira. Além disso, a compra se dará por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao MDA.

Parte da compra será realizada utilizando o mecanismo de Contratos de Opção de Venda (COV), também conhecido como seguro de preços. Este sistema garante ao produtor o direito de vender seu produto a um valor pré-fixado, oferecendo maior previsibilidade financeira. A venda será realizada a partir do final de abril, e o pagamento ao agricultor será feito com um acréscimo de 20% sobre o preço mínimo, cobrindo custos logísticos e financeiros da colheita até a entrega do produto.

A compra desses alimentos pelo governo federal é uma das várias medidas adotadas para fortalecer a agricultura familiar e reduzir os impactos da inflação sobre o bolso dos brasileiros, que enfrentam altos custos com alimentos essenciais. A ação também ajuda a estabilizar o mercado de alimentos, uma vez que a estocagem feita pela Conab pode influenciar diretamente na oferta e, consequentemente, no preço final para o consumidor.