Conflito agrário termina em tragédia: advogado executado a tiros em Goiás

no último domingo (23) os resultados da investigação da Polícia Civil de Goiás sobre o assassinato do advogado Cássio Bruno Barroso. O crime, ocorrido em 3 de outubro de 2024, teria sido motivado por uma disputa judicial envolvendo uma fazenda localizada no Mato Grosso, avaliada em R$ 100 milhões. A propriedade, adquirida legalmente pela vítima, era ocupada ilegalmente pelo mandante do crime desde 2006.
O advogado, especialista em causas agrárias, foi morto a tiros na porta de seu escritório em Rio Verde, no sudoeste goiano. Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, o crime foi meticulosamente planejado por mais de um ano. O grupo criminoso utilizou drones, rastreadores veiculares e diversos veículos para monitorar a rotina da vítima. Oito pessoas participaram do planejamento e execução do homicídio, todas já identificadas e presas.
As investigações revelaram que, além da execução de Cássio Bruno, os criminosos planejavam um ataque contra outro advogado envolvido na mesma ação judicial. O mandante do crime, cujo nome não foi divulgado, acompanhava de perto os passos da vítima e teria ordenado a execução após a entrada da ação de reintegração de posse em 2018.
O assassinato aconteceu na Avenida Eurico Veloso do Carmo, no Jardim Adriana. Testemunhas relataram que o advogado falava ao telefone quando foi surpreendido pelos disparos. Ele foi atingido com cinco tiros nas costas. A Guarda Civil Municipal (GCM) tentou prestar os primeiros socorros, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Cássio não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil informou que os bens do mandante e dos executores foram sequestrados, com possibilidade de reparação financeira às vítimas. O caso reforça a gravidade dos conflitos fundiários no Brasil, onde disputas por terras frequentemente resultam em violência e assassinatos.