Boi gordo bate R$ 315/@ e expectativa de valorização se mantém no mercado

O mercado do boi gordo registrou novos aumentos de preços ao longo da última semana, refletindo a retenção de oferta por parte dos pecuaristas e o desempenho robusto das exportações de carne bovina. Esse cenário tem encurtado as escalas de abate e reforçado as expectativas de que os preços continuarão em ascensão.

Entre os principais fatores que sustentam a valorização está a boa qualidade das pastagens, que tem permitido aos criadores manter o gado em campo por mais tempo, contribuindo para a redução da oferta. De acordo com Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a combinação dessas condições com a forte demanda externa tem impulsionado os preços.

O desempenho das exportações também tem sido decisivo. Em março, o Brasil exportou 117,480 mil toneladas de carne bovina, gerando US$ 572 milhões, com uma média diária de US$ 71,5 milhões — um aumento de 89,9% no valor médio diário em relação ao mesmo mês de 2024.

Preços do boi gordo por região:

  • São Paulo (SP): R$ 315/@, alta de 1,61% em relação aos R$ 310 da semana anterior.
  • Goiânia (GO): R$ 305/@, avanço de 3,39% sobre os R$ 295 registrados anteriormente.
  • Uberaba (MG): R$ 310/@, aumento de 5,08% em comparação aos R$ 295.
  • Dourados (MS): R$ 310/@, também com incremento de 5,08%.
  • Cuiabá (MT): R$ 300/@, mantendo-se estável.
  • Vilhena (RO): R$ 270/@, crescimento de 1,89%.

No dia 21 de março, o preço do boi gordo “comum” em São Paulo também subiu, atingindo R$ 313/@, com pequenas elevações nas cotações da vaca gorda e da novilha gorda, negociadas a R$ 280/@ e R$ 295/@, respectivamente.

Mercado de abate e programação das indústrias: Apesar da alta nos preços, o mercado de abate segue lento, dificultando a evolução das escalas de produção dos frigoríficos. Segundo levantamento da Agrifatto, as programações de abate estão em média em 7 dias úteis, com variações regionais. Minas Gerais e Tocantins registraram aumento de 1 dia útil, enquanto Mato Grosso teve redução de 1 dia. Pará e Rondônia mantiveram a estabilidade.

Mercado atacadista: No mercado atacadista, os preços também subiram. O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,50/kg, um aumento de 2% em relação à semana anterior, enquanto o quarto dianteiro permaneceu estável em R$ 18,50/kg.

Perspectivas futuras: O cenário atual indica que a valorização do boi gordo deve continuar, impulsionada pelas boas condições das pastagens, retenção de oferta e demanda externa aquecida. Embora o consumo interno enfrente desafios, as exportações continuam a oferecer suporte aos preços, que podem seguir em alta nas principais regiões produtoras.

 

Redação Pec&AgrBr

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