Os contratos futuros de algodão negociados na ICE subiram nesta terça-feira (12), impulsionados pelo corte nas previsões de estoques finais globais e pelo aumento das expectativas de exportação, conforme divulgado no relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A desvalorização do dólar também contribuiu para a alta.

Os contratos para maio registraram a quinta sessão consecutiva de valorização, superando a marca de 67 centavos de dólar por libra-peso, alcançando o maior patamar em duas semanas.

De acordo com Keith Brown, diretor da corretora de algodão Keith Brown and Co, na Geórgia, “ainda há alguns elementos altistas no mercado, como a queda do dólar, a previsão de menos áreas plantadas este ano e as condições de seca no cinturão de algodão dos EUA”.

No relatório, o USDA reduziu a perspectiva de estoques finais globais para 2024/25 em 80 mil fardos, totalizando 78,33 milhões de fardos. Além disso, a previsão de exportação global aumentou em 200 mil fardos, atingindo 42,71 milhões de fardos.

Em relação aos Estados Unidos, a agência manteve inalteradas as previsões de produção, estoques finais e exportações em 14,41 milhões, 4,9 milhões e 11 milhões de fardos, respectivamente.

Para o Brasil, a projeção de safra seguiu em 17 milhões de fardos, mas a expectativa de exportação foi elevada em 200 mil fardos, alcançando 13 milhões de fardos.