Por décadas, o homem e o boi dividiram a rotina do campo, enfrentando juntos os desafios impostos pelo tempo e pela natureza. Não era apenas um animal de trabalho, mas uma presença constante, alguém que, de forma silenciosa, oferecia companhia nos dias difíceis e partilhava as conquistas das colheitas.

Naquela manhã, o vento parecia soprar mais frio. Com as mãos trêmulas, o homem passou os dedos pelo pelo já desgastado do boi, sentindo a despedida se aproximar. Os olhos marejados denunciavam a dor da perda iminente, mas também a gratidão por todos os anos compartilhados.

O peso da ausência veio rápido. O corpo do boi repousava no chão, e o homem, ajoelhado ao lado do amigo de tantas jornadas, sussurrava palavras de despedida. Não havia como substituir aquele companheiro que, por tanto tempo, foi parte essencial de sua vida.

A cena emocionou moradores da região, que conheciam a história de lealdade entre os dois. No fim, restou a lembrança de um laço raro e verdadeiro, que nem mesmo o tempo pôde apagar.

 

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