Por Maycon Henrique Tombini

O agronegócio brasileiro, responsável por uma parcela significativa do PIB (Produto Interno Bruto) , enfrenta desafios crescentes devido à falta de investimento e de apoio efetivo por parte do governo federal. A ausência de políticas públicas robustas e a negligência em áreas essenciais para a agricultura comprometem a competitividade e a sustentabilidade do setor, especialmente em culturas de grande relevância econômica, como a soja.

A CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são responsáveis por fornecer dados cruciais para o planejamento agrícola. No entanto, a falta de investimentos adequados nessas instituições, e a “politicagem” dentro delas, resulta em pesquisas desatualizadas e imprecisas, prejudicando e afetando o preço das commodities. Estimativas incorretas sobre a produção de soja, por exemplo, podem levar a distorções de mercado, afetando negativamente os preços e a rentabilidade dos agricultores.

A falta de créditos para investimento em inovação e tecnologia também é alarmante. Sem uma estratégia clara para promover a Agricultura 4.0, o Brasil corre o risco de ficar para trás em termos de produtividade e sustentabilidade. A modernização do campo é essencial para enfrentar os desafios atuais e futuros, mas depende de políticas públicas que incentivem a pesquisa, o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias.

Em suma, a negligência do governo federal em investir no agronegócio e em fornecer o suporte básico necessário coloca em risco a competitividade do setor e a segurança alimentar do país. É imperativo que haja uma mudança de postura, com a implementação de políticas públicas eficazes que atendam às necessidades dos produtores e promovam o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira.