Em anúncio feito nesta quinta-feira (11), Donald Trump confirmou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida, que cumpre uma de suas promessas de campanha ao setor agrícola norte-americano, deve afetar diretamente o agronegócio brasileiro, especialmente as exportações de commodities como soja, carne bovina e milho.

Em 2023, o Brasil exportou cerca de US$ 11,2 bilhões em produtos agropecuários para os Estados Unidos. Com a nova taxação, o comércio entre os dois países tende a se tornar mais caro e menos competitivo, o que pode forçar empresas brasileiras a buscarem novos mercados ou reduzirem seus volumes de exportação.

A decisão reacende o alerta entre produtores e exportadores nacionais, que já enfrentam desafios logísticos e cambiais. Analistas veem a medida como uma estratégia protecionista para beneficiar os agricultores norte-americanos, especialmente em estados-chave no cenário eleitoral dos EUA.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a medida, mas representantes do setor agropecuário cobram uma resposta diplomática e a possível abertura de novas negociações comerciais para mitigar os efeitos da tarifa.

Com essa mudança, o agronegócio brasileiro pode enfrentar um cenário de incerteza, pressionando a rentabilidade e a competitividade do país no mercado internacional.