FPA se antecipa ao Abril Vermelho e cobra ações do governo sobre invasões de terras

Com a chegada de abril, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) intensificou sua mobilização contra as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que tradicionalmente promovem ocupações de terras neste período, conhecido como Abril Vermelho. A bancada ruralista no Congresso argumenta que as políticas do governo federal aumentam a insegurança jurídica no campo e cobra uma posição mais firme das autoridades.
FPA reage a invasões de terras
A preocupação da bancada foi reforçada após o início antecipado das ações do MST neste ano. Em 8 de março, durante o Dia Internacional da Mulher, teve início a Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra, que resultou em uma série de invasões a propriedades rurais nos estados do Ceará, Espírito Santo e Bahia. O objetivo do grupo foi pressionar o governo para acelerar o processo de reforma agrária e redistribuição de terras.
Diante desse cenário, parlamentares da FPA e outras lideranças do setor agropecuário apresentaram, na terça-feira (1), um documento em que apontam as fragilidades da relação entre a reforma agrária e a segurança do setor produtivo. Segundo os integrantes da bancada, as políticas adotadas pelo governo federal não garantem segurança jurídica aos produtores rurais, o que pode comprometer a produtividade e o investimento no agronegócio.
Pressão sobre o governo
Com o Abril Vermelho em andamento, a FPA mira diretamente ministros do governo para exigir ações concretas contra as ocupações. A bancada defende que medidas mais rígidas sejam adotadas para evitar novas invasões e proteger os direitos dos proprietários rurais. O tema deve ganhar ainda mais destaque nos próximos dias, à medida que o MST intensifica suas mobilizações pelo país.
O embate entre o setor produtivo e os movimentos de reforma agrária promete se acirrar nas próximas semanas, colocando o tema no centro dos debates políticos e econômicos no Brasil.