Rio Verde, 25 de junho de 2025 – A segunda-feira foi marcada por uma intensa mobilização contra incêndios na zona rural de Rio Verde, no sudoeste goiano. Com o avanço das chamas sobre áreas de mata e lavouras, a brigada aérea coordenada pela empresa Aerotex Aviação Agrícola foi acionada para conter o fogo, que se agravou em função do clima seco e das altas temperaturas.

Produtores rurais foram obrigados a interromper a colheita durante o fim de semana após novos focos de incêndio surgirem em suas propriedades. A estiagem severa e o vento forte aumentaram o risco de propagação das chamas, provocando prejuízos ambientais e econômicos. A situação levou ao reforço no apelo por ações imediatas da brigada aérea.

A operação desta segunda-feira exigiu o deslocamento das aeronaves da Aerotex para uma pista alternativa, com condições mínimas de segurança para pouso e decolagem. Por volta das 15h, o fogo avançava sobre uma região de mata, exigindo resposta rápida da equipe.

“É por isso que precisamos de mais pistas no sentido Norte-Sul. Impossível operar com esse vento forte do jeito que está”, alertou um dos coordenadores da ação. A falta de infraestrutura adequada para a aviação agrícola tem dificultado o combate ao fogo em tempo hábil.

Além das condições climáticas desfavoráveis, produtores suspeitam que focos antigos, não totalmente extintos, possam ter reacendido e contribuído para o agravamento dos incêndios recentes.

Diante da situação, o Sindicato Rural de Rio Verde firmou parceria com a Aerotex para intensificar o combate às queimadas. A brigada aérea conta com mais de 30 profissionais qualificados, incluindo 15 pilotos e 10 técnicos auxiliares, além de um escalonamento progressivo de aeronaves:

2 aeronaves em operação até 30 de junho;

4 aeronaves disponíveis em julho;

6 aeronaves em agosto e setembro, sendo uma mantida em stand by.

Segundo a Aerotex, as aeronaves podem decolar em até 10 minutos após o acionamento, operando diariamente do nascer ao pôr do sol. Para garantir eficiência e segurança, as pistas de pouso devem atender a critérios técnicos, como:

Dimensão mínima de 1000 metros por 25 a 30 metros;

Piso regular e sem obstáculos, como erosões e pedras;

Sistema de abastecimento capaz de fornecer até 12 mil litros de água por hora para duas aeronaves;

Mangueiras com engate rápido e motobombas.

É fundamental que produtores informem a presença de redes elétricas, torres ou antenas nas proximidades, especialmente em dias de baixa visibilidade devido à fumaça.

O Sindicato Rural e a Aerotex reforçam o alerta para que os produtores acionem a brigada aérea ao menor sinal de fogo. “Não espere o fogo se espalhar. Quanto antes a brigada for acionada, maior será a chance de conter as chamas com rapidez e eficiência”, orientam os responsáveis.

A mobilização em Rio Verde evidencia a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura de combate a incêndios e reforça o papel estratégico da aviação agrícola diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.