A juíza da 19ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, Alessandra Gontijo do Amaral, homologou, no fim do último mês, o plano de recuperação judicial do Grupo AgroGalaxy, que tem aproximadamente R$ 5 bilhões em dívidas com credores. O conglomerado, fundado em 2016, reúne diversas empresas do setor de insumos agrícolas e fez o pedido em setembro de 2024.

Para o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), a tramitação concluída em menos de oito meses é célere. O TJGO aponta que o tempo médio apontado por relatório “Justiça em Números” do CNJ, nas justiças estadual e federal, é de dois anos. Sobre a AgroGalaxy, o conglomerado atende mais de 30 mil pequenos e médios produtores rurais no País. Já o pedido de recuperação judicial é considerado o maior do Estado e um dos mais expressivos do agronegócio brasileiro, uma vez que são mais de 5 mil credores.

O plano homologado foi apresentado em assembleia-geral, em abril, entre os credores e as empresas do conglomerado. Foi a quarta proposta das companhias. A juíza, todavia, fez ressalvas durante a homologação. A magistrada observou, por exemplo, cláusulas que previam benefícios indevidos a terceiros não sujeitos ao processo, como garantidores e avalistas. Apontou, ainda, que as empresas permanecerão sob fiscalização pelo período legal de dois anos.

Em relação ao pedido de recuperação judicial, fatores como conjuntura difícil para o setor de insumos, demanda fraca por parte de produtores rurais, além de redução nas margens operacionais das empresas de distribuição de insumos agrícolas foram alguns dos problemas enfrentados Somente no segundo trimestre de 2024, a empresa registrou dívida líquida de R$ 1,5 bilhão – sem incluir as dívidas com fornecedores.

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