Cerca de mil participantes de 18 estados brasileiros estão reunidos em Jataí, no sudoeste de Goiás, para disputar a 7ª edição da Grande Final da Liga Classe A (LCA), torneio nacional de laçadores com premiação total de R$ 2,7 milhões. O evento, iniciado em 24 de abril, acontece na sede Alma Farrapa, às margens da BR-060, e segue até domingo (4), com provas decisivas marcadas para o sábado (3).

Além dos prêmios em dinheiro, os vencedores das categorias também concorrem a caminhonetes de luxo, como uma Dodge Ram. O evento atrai uma média de cinco mil pessoas por dia e movimenta a economia local com exposições, comércio rural e turismo.

Segundo o fundador e presidente da LCA, Antônio Ademar dos Santos, a iniciativa tem como objetivo promover e organizar o laço comprido em nível nacional. “A expectativa é de sucesso em relação ao propósito do projeto, que é organizar o laço comprido a nível Brasil. Queremos mostrar para o país esse esporte”, afirmou.

Os competidores são divididos nas categorias profissionais, semiprofissionais, amadores elite e iniciantes, após passarem por uma fase classificatória em seus estados de origem. As finais distribuirão prêmios significativos: R$ 400 mil para o campeão profissional, R$ 300 mil para o semiprofissional, e premiações variáveis para os amadores, de R$ 80 mil a R$ 4 mil. Iniciantes também serão premiados, com valores entre R$ 60 mil e R$ 5 mil até a 20ª colocação.

Há ainda provas destinadas a mulheres e crianças, reforçando o caráter inclusivo do evento.

A modalidade laço comprido surgiu em 1952, em Esmeralda (RS), e se popularizou no Sul do país. A prova consiste em o laçador, montado a cavalo, lançar uma corda de 8 metros para prender os chifres de um boi. Em Goiás, devido à predominância da raça nelore, que não possui chifres, a técnica exige que o laço seja feito entre as orelhas, na altura dos olhos.

Hoje, o esporte está presente em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás e também no Distrito Federal.

O torneio em Jataí destaca o crescimento da prática no país e reforça a importância da cultura rural como elemento de identidade e desenvolvimento econômico regional.