Braquiária lidera entre plantas de cobertura, com alta adesão de pequenos produtores

As plantas de cobertura vêm ganhando espaço nas fazendas brasileiras, com destaque para a braquiária ruziziensis, a mais utilizada pelos produtores rurais. Segundo um levantamento da Embrapa Cerrados, 74% dos entrevistados afirmaram já adotar essa tecnologia em suas propriedades, visando a melhoria da qualidade do solo, retenção de umidade e aumento da produtividade.

O estudo revelou que pequenos e médios produtores são os que mais utilizam as plantas de cobertura, muitas vezes integrando-as à pecuária e aproveitando seus benefícios para o pastejo. Entre os entrevistados, 50% já adotam essa prática há mais de cinco anos, enquanto 30% utilizam há mais de dez anos.

As principais espécies escolhidas são a braquiária ruziziensis (57%) e o milheto (54%), seguidas pelo nabo-forrageiro (37%). As culturas comerciais mais comuns nessas propriedades são milho e soja, uma prática amplamente consolidada nos Estados Unidos e que vem crescendo no Brasil.

O levantamento mostrou ainda que 40% dos produtores utilizam as áreas de plantas de cobertura também para pastejo, tornando-se uma opção eficiente para integração lavoura-pecuária (ILP). Além disso, 7% fazem silagem e 2% produzem feno.

Entre os benefícios mais citados pelos produtores que já adotam essa tecnologia, destacam-se:

  • Melhoria na estrutura do solo, com maior retenção de umidade e redução da compactação;
  • Aumento da matéria orgânica, promovendo a fertilidade e longevidade do solo;
  • Proteção contra erosão e maior circulação de água e ar, beneficiando o desenvolvimento das culturas comerciais.

Outro dado relevante é que 70% dos produtores adquirem sementes para plantio, enquanto 34% produzem sua própria semente, o que aponta um mercado promissor para o comércio de sementes de cobertura. Os produtores destacaram que a disponibilidade de sementes comerciais em quantidade e qualidade adequadas, bem como informações sobre quais espécies utilizar, são fatores cruciais para a ampliação da área com plantas de cobertura.

Com a crescente adesão a essa prática, a pesquisa evidencia o potencial das plantas de cobertura para alavancar a produtividade agrícola e promover a sustentabilidade no campo.

Redação Pec&AgrBr

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